sábado, 10 de março de 2012

Um novo templo...


Os profetas tinham, em diversas situações, criticado o culto sacrificial que Israel oferecia a Deus… Mas Jesus vai mais longe: mostra que não propõe apenas uma reforma, mas a abolição do próprio culto pois ele era algo sem sentido e nefasto: em nome de Deus criava exploração, miséria, injustiça e, por isso, em lugar de potenciar a relação do homem com Deus, afastava o homem de Deus. Jesus, o Filho, com a autoridade que Lhe vem do Pai, diz um claro “basta”.

Os líderes judaicos ficam indignados e questionam a legitimidade com que Jesus o faz. A resposta é, à primeira vista, estranha: “destruí este Templo e Eu o reconstruirei em três dias”. Jesus não Se referia ao Templo de pedra onde Israel celebrava os seus ritos litúrgicos, mas a um outro “Templo” que é o próprio Jesus. Ele alude, evidentemente, à sua ressurreição. A prova de que Jesus tem autoridade para “proceder deste modo” é que os líderes não conseguirão suprimi-l’O. A ressurreição garante que Jesus vem de Deus e que a sua actuação tem o selo de garantia de Deus. No entanto, o mais notável, aqui, é que Jesus Se apresenta como o “novo Templo”. O Templo representava a residência de Deus, o lugar onde Deus Se revelava e Se tornava presente no meio do seu Povo. Jesus é, agora, tudo isso: é através de Jesus que o Pai oferece aos homens o seu amor e a sua vida, o que exige um novo culto...

Sem comentários:

Enviar um comentário

«Que devemos fazer?»

16 de dezembro de 2018 | III Domingo do Advento Leituras  |  Comentário  |  Boletim O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: ...