sexta-feira, 25 de maio de 2012

Festa de Maria no Pentecostes


No início do Evangelho de Lucas, Maria acolhe o Anjo que de Deus lhe traz a maior de todas as notícias: Deus quer nascer homem, e escolhe-a a ela para ser a Mãe de Jesus. Como será isso? «O Espírito Santo virá sobre ti e a força do Altíssimo estenderá sobre ti a sua sombra. Por isso, aquele que vai nascer é Santo e será chamado Filho de Deus» (Lc 1, 35).

Maria é aquela em quem acontece em primeiro lugar o Pentecostes: é aquela que, por primeiro, se deixa envolver plenamente pelo sopro de Deus, aquecer pelo fogo do seu Amor… A sua vida, a sua missão, é um contínuo respirar deste sopro de Amor. Quando mais tarde acontece o Pentecostes, seguindo de novo o texto de Lucas (agora no livro dos Actos dos Apóstolos), Maria é uma das mulheres de quem se afirma a permanência numa atitude de oração com os discípulos (Act 1, 14).

É nesse mesmo Espírito que vive agora a missão que o Filho lhe tinha confiado aos pés da Cruz: «Mulher, eis o teu filho» (Jo 19, 26) – ser a Mãe dos discípulos, a Mãe da Igreja. Como Mãe, é aquela que continuamente nos busca o melhor: fazer-nos participar desse mesmo Amor que é sopro de vida, chama de amor, o Espírito Santo. Por isso a escutamos, mais tarde, e tão próximo de nós, dirigindo-se aos pequenos Pastorinhos de Fátima: «Quereis oferecer-vos a Deus?» Pode não ser um caminho fácil, de grandes euforias e prazeres… Mas será de certeza um caminho cheio de amor a Deus (oração…), e aos outros (sacrifícios pela conversão dos pecadores…). Em Fátima, a Mãe convida-nos a acolher o mesmo Espírito (conversão…) que transformou o coração dos discípulos.

Maria, a mulher «cheia de graça», repleta deste Espírito divino, convida-nos a ser comunidade que se centra, como Ela, no seu Filho, Jesus Cristo, para que Ele, ressuscitado, apresentando-se no meio de nós, sopre sobre nós o mesmo Espírito e nós torne capazes de construir paz, perdão, alegria, amor… A Mãe das Dores, continua aos pés das cruzes de hoje, aquelas que injustamente erguemos entre nós, e também aquelas que marcam a nossa fragilidade humana… Presença de ternura, mas também desafio à conversão: como Ela, deixarmo-nos envolver pelo Espírito de Pentecostes para que aconteça renovação do coração, da mentalidade, da acção.

As leituras deste Domingo podem ser lidas AQUI, e um comentário às leituras AQUI.

AQUI encontra o boletim paroquial desta semana e AQUI a folha dos avisos paroquiais.

Sem comentários:

Enviar um comentário

«Que devemos fazer?»

16 de dezembro de 2018 | III Domingo do Advento Leituras  |  Comentário  |  Boletim O tema deste 3º Domingo pode girar à volta da pergunta: ...