sábado, 21 de julho de 2012

Entre o trabalho e o descanso...

Aos doze que voltam da sua missão de anúncio, de cura e libertação, que contam entusiasmados tudo o que, em nome de Jesus, tinham feito, Jesus convida-os para um tempo novo: «vinde comigo para um lugar isolado e descansai um pouco». E o texto do Evangelho explica porquê: «havia tanta gente a chegar e a partir que eles nem tinham tempo de comer».

Jesus sabe da necessidade de não se perderem no activismo; é preciso fundamentar a acção a partir do essencial. Não é um tempo de «férias», mas quase como que um «retiro»: estar num lugar isolado na companhia de Jesus. É desse encontro, desse estar com Ele, que resulta uma acção missionária consistente. Não apenas fazer, mas «fazer bem o bem que se faz» (D. António Marto). Agir a partir do coração de Jesus: por isso a necessidade de estar com Ele para conhecer o seu coração, e amar e agir no mundo com o seu coração...

A multidão, no entanto, não deixa de procurar Jesus... Ao desembarcar e ver toda aquela gente, Jesus «compadeceu-Se»... A compaixão é por sentir que são como «ovelhas sem pastor», por ver como não têm assumido um rumo, um sentido para a vida, por andarem perdidos, desorientados... E por isso lhes ensina «muitas coisas». De facto, a mais fundamental das acções que a comunidade cristã é convidada a ter é precisamente esta que de se «compadecer-se», e de anunciar uma palavra que oriente, que dê sentido. Quanto sofrimento não existe pela «desorientação» na vida, pelo seguimento de falsos «pastores», por querer ter sempre razão e se fechar à Palavra de Deus? Deixar-se guiar por Jesus, «retirar-se com Ele», para encontrar o Caminho a seguir e a anunciar. Ser cristão passa por este equilíbrio entre o «descanso» em Jesus, e o «trabalho» de O dar a conhecer como Pastor que vale a pena seguir.

As leituras deste 16º Domingo do Tempo Comum estão disponíveis AQUI, e um comentário às leituras AQUI.

AQUI pode encontrar o boletim paroquial desta semana, e AQUI os avisos paroquiais.

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